O câncer de próstata é o segundo tipo de câncer que mais mata homens no Brasil – de acordo com dados do Ministério da Saúde, foram 15.576 óbitos em 2018. A doença é devido à formação de um tumor maligno no órgão, uma glândula localizada na região inferior do abdômen masculino e que produz parte do sêmen. A alta mortalidade do câncer de próstata também acompanha o número de diagnósticos no País: segundo o Instituto Nacional de Câncer (Inca), é o tipo de câncer com a maior ocorrência de novos casos em 2020.
Relação entre a incidência do câncer de próstata e seus fatores de risco
Um levantamento da Sociedade Americana de Câncer mostra que, nos Estados Unidos, um a cada nove homens tem chance de desenvolver câncer de próstata na vida. Além disso, um a cada 41 homens, em média, morre em decorrência da doença. A maior parcela de homens com o câncer de próstata (75%) concentra-se em idosos acima dos 65 anos. Por isso, o risco aumenta conforme a idade, principalmente após os 50 anos. Outros fatores de risco para a doença são:
- Histórico familiar – ter parentes próximos com casos da doença;
- Alterações genéticas – por exemplo, ser portador da síndrome de Lynch (que pode causar câncer hereditário) e ter mutações em alguns genes (especialmente no BRCA2, que é supressor de tumor);
- Etnia – homens negros são mais propensos a terem a doença;
- Produtos químicos – exposição a produtos como arsênio, fuligem e gases de escapamento de carros.
Alguns estudos apontam a obesidade e o tabagismo como fatores de risco para o câncer de próstata, mas não são conclusivos.
Como reduzir a alta mortalidade do câncer de próstata?
O diagnóstico precoce do câncer de próstata aumenta as chances de reduzir a alta mortalidade. Caso existam metástases – quando se espalha para partes do corpo além da região do aparecimento original – a doença não tem cura, mas existem tratamentos que podem diminuir complicações e proporcionar uma melhor qualidade de vida.
É importante lembrar que fatores de risco, como idade e histórico familiar, não podem ser ignorados. Homens acima de 50 anos devem ter mais atenção e ir ao urologista ao menos uma vez ao ano. Em geral, levar uma vida saudável é sempre o primeiro passo para evitar problemas de saúde. Por isso, é importante adotar no dia a dia alguns hábitos, tais como:
- Manter uma alimentação balanceada, com baixos índices de ingestão de gordura;
- Reduzir a ingestão de bebidas alcóolicas e não fumar;
- Praticar exercícios físicos;
- Evitar contato com substâncias cancerígenas.
Quais são os sintomas do câncer de próstata?
O câncer de próstata é uma doença silenciosa, que progride lentamente na maioria dos casos e só provoca sinais e sintomas apenas quando já está em fase avançada, que podem ser:
- Dificuldade para urinar;
- Redução na quantidade de urina;
- Necessidade de urinar frequentemente, sobretudo à noite;
- Sangue na urina;
- Incontinência urinária;
- Dor, caso atinja ossos;
- Dormência, caso atinja vértebras da coluna.
Como é realizado o diagnóstico do câncer de próstata?
Toque retal e exame de sangue PSA – são insubstituíveis para rastrear o câncer de próstata em fase inicial, quando ainda não há sintomas. O primeiro avalia tamanho, textura e se existem caroços e tecidos endurecidos na próstata. Já o segundo, mede os níveis do antígeno prostático específico (PSA), substância produzida pela próstata.
Biópsia – é a única forma de confirmar a doença se os exames anteriores mostrarem que existe a possibilidade. A biópsia retira uma amostra da próstata e pode ser feita com o auxílio de imagens de uma ultrassonografia transretal para aumentar a precisão do procedimento.
Exames complementares – podem auxiliar no diagnóstico e, depois disso, mostrar como está o desenvolvimento da doença para que seja definido o melhor tratamento para cada caso. Podem ser utilizadas ressonâncias, tomografias, cintilografia óssea (que identifica se ossos foram atingidos) e PET-CT (que mostra tamanho do tumor, focos de metástase e possibilidades da doença voltar).
Quais são os tratamentos para o câncer de próstata?
Existem terapias que atuam de diferentes formas e o tratamento é determinado a partir do estágio da doença. Para cânceres apenas na próstata, podem ser indicadas cirurgia de retirada da glândula e radioterapia. Se o câncer tiver atingido regiões próximas, a terapia hormonal é adicionada – ela não cura, mas tenta frear o crescimento do tumor. Já casos de metástases, a terapia hormonal é indicada para prolongar a vida.
Cirurgia – o Grupo Leforte dispõe de tecnologias avançadas no tratamento médico, que diminuem as margens de sequelas e são menos invasivos. A cirurgia robótica, por exemplo, traz maior precisão e segurança durante o procedimento ao conseguir acessar regiões mais facilmente do que em cirurgias convencionais.
Radioterapia – o Grupo Leforte possui o equipamento Elekta Infinity, que oferece procedimentos rápidos e de alta precisão, com cerca de até 20 sessões – metade do tratamento em equipamentos convencionais.
Medicina nuclear – esses tratamentos usam doses de materiais radiativos de forma segura para tratar doenças. Para casos de câncer de próstata, o Grupo Leforte usa Radium 223 – indicado quando o tumor atingiu os ossos; 177lu-Psma – usado em pacientes que apresentam progressão após as terapias iniciais; e 131i-Mibg – indicado para câncer em estágio bastante avançado.
Conheça outros problemas de próstata
Manter uma rotina de consultas ao urologista é essencial para o diagnóstico precoce do câncer de próstata, mas também identificar outros problemas que podem afetar o funcionamento da glândula. É o caso de doenças como:
Prostatite – Corresponde ao inchaço e dor na próstata, normalmente causado por infecção que podem atingir outras partes do trato urinário. Alguns sinais e sintomas de prostatite podem ser:
- Dor no pênis e/ou na região lombar;
- Febre
- Maior necessidade de urinar;
- Dor ao urinar;
- Sangue na urina.
Hiperplasia prostática benigna (HPB) – o aumento não canceroso da próstata dificulta que a bexiga se esvazie por completo e, assim, afeta o fluxo da urina. Costuma ser frequente conforme os homens envelhecem. Alguns sinais e sintomas de hiperplasia prostática benigna podem ser:
- Dificuldade em urinar;
- Maior necessidade de urinar;
- Fluxo de urina reduzido.
Abscesso de próstata – ocorre quando há acúmulo de pus por conta de uma prostatite aguda. Alguns sinais e sintomas de abcesso de próstata podem ser:
- Maior necessidade de urinar;
- Dificuldade e dor ao urinar;
- Sangue na urina;
- Febre.
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