O transplante de medula óssea é um dos principais tratamentos para doenças que atingem o sangue. Para explicar como ele é realizado e quais suas indicações, conversamos com o Rodrigo Santucci, diretor de relações institucionais da equipe de Oncologia que atende o Grupo Leforte.
Quando o transplante de medula óssea é necessário?
A medula óssea é um tecido líquido-gelatinoso que se encontra no interior dos ossos e dá origem aos componentes do sangue: glóbulos brancos, glóbulos vermelhos e plaquetas. Eles são responsáveis pela defesa do organismo, transporte do oxigênio e coagulação, respectivamente. Algumas doenças que atingem o sangue fazem com que essas células sofram mutações e percam suas funções. São nesses casos que o transplante de medula óssea entra como uma opção de tratamento, substituindo as células doentes por outras saudáveis.
Cerca de 80 doenças podem se beneficiar do transplante de medula óssea. As principais indicações são:
- Leucemia mieloide aguda e crônica;
- Leucemia linfoide aguda e crônica;
- Linfomas;
- Mielomas;
- Talassemia;
- Anemia aplástica grave;
- Imunodeficiência celular primária.
Como o transplante de medula óssea é feito?
Existem dois tipos de transplante de medula óssea: autólogo e alogênico. O primeiro usa as células da medula óssea do próprio paciente a ser transplantado. Elas são coletadas, congeladas e armazenadas para uso posterior. Geralmente, esse tipo de transplante é realizado como tratamento para doenças que já estão em remissão ou não afetam diretamente a medula óssea.
Já o transplante de medula óssea alogênico usa as células de medula óssea de um doador. Para que ele ocorra com sucesso, é necessária certa compatibilidade com o paciente, que é medida a partir de testes genéticos. As chances de um irmão, pai ou mãe do paciente serem compatíveis são maiores.
O Dr. Rodrigo Santucci explica que o paciente precisa passar por um tratamento antes de receber a medula óssea: “é uma quimioterapia em alta dose associada ou não à radioterapia que tem o objetivo de acabar com a medula óssea do paciente que estava com a patologia”. Dessa forma, o sistema imunológico é destruído e diminui as chances de rejeição das novas células saudáveis.
Cuidados que o paciente deve ter após o transplante de medula óssea
Primeiras semanas pós-TMO – o paciente permanece internado em isolamento pois nesse período sua medula ainda não é capaz de produzir glóbulos brancos, vermelhos e plaquetas. Isso faz com que ele fique muito exposto a infecções e hemorragias.
Primeiro ano pós-TMO – o paciente ainda não tem um número normal de células sanguíneas e está predisposto a infecções. Ele passa a tomar medicamentos imunossupressores para diminuir as chances de rejeição do transplante, além de remédios que estimulam a produção de glóbulos brancos. Alguns cuidados devem ser seguidos durante este período, como:
- Não se expor ao sol;
- Reforçar os cuidados com a higiene;
- Usar máscara até a liberação do médico;
- Evitar locais com aglomerações;
- Evitar contato com animais, plantas e pessoas com doenças contagiosas;
- Evitar uso de objetos cortantes, como alicates e lâminas de barbear;
- Evitar contato com praia, lagoas e piscinas;
Qualquer sinal como febre, mudança no aspecto da urina e das fezes, enjoo, sangramentos e dores devem ser relatados ao médico o quanto antes.
O transplante de medula óssea do Grupo Leforte
O Grupo Leforte realiza transplantes de medula óssea há mais de 10 anos e, segundo o Dr. Rodrigo Santucci, os maiores focos são as neoplasias hematológicas, como os diversos tipos de leucemias e linfomas.
O médico explica que em 2020, com a crise da pandemia de Coronavírus, a dinâmica dos transplantes de medula óssea teve que ser alterada para a segurança dos pacientes. “Procuramos postergar ou evitar os transplantes, conforme possível, devido a pandemia global. Nos pacientes internados, fazemos a checagem pré-internação para garantir que não estão contaminados”, afirma.
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Atenção, este conteúdo é meramente informativo!
Este conteúdo é meramente informativo e educativo, sendo destinado para o público em geral. Ele não substitui a consulta e o aconselhamento com o médico e não deve ser utilizado para autodiagnóstico ou automedicação. Se você tiver algum problema de saúde ou dúvidas a respeito, consulte um médico. Somente ele está habilitado a fazer o diagnóstico, a prescrever o tratamento mais adequado para cada caso e a acompanhar a evolução do quadro de saúde do paciente.
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