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O que são hepatites virais?

Conheça o blog do Hospital Leforte: conselhos sobre nutrição, saúde mental, sintomas e prevenção de doenças, elaborado por médicos e especialistas da área da saúde.
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Equipe Leforte - Equipe Leforte Atualizado em 28/07/2020

Hepatites virais são inflamações que afetam o fígado. Divididas em cinco tipos, A, B, C, D e E, podem se manifestar na forma aguda (curta duração) ou crônica (mais de seis meses de duração). Na maior parte dos casos, as hepatites virais não apresentam sintomas e podem evoluir durante anos sem ser diagnosticadas. O avanço da infecção pode comprometer o funcionamento do fígado, causar cirrose, desenvolver câncer, gerar um transplante e até levar à morte.

Quais são as causas das hepatites virais?

Hepatites A e E: são causadas pelos vírus HAV e HEV, respectivamente, transmitidos via fecal-oral. A infecção ocorre por meio de contato com água e/ou alimentos contaminados por fezes humanas.

Hepatites B, C e D: são causadas pelos vírus HBV, HCV, HDV, respectivamente, transmitidos por sangue contaminado e outros fluidos corporais. Compartilhamento de materiais, como agulha e alicate, e relações sexuais o podem transmitir o vírus, que também pode ser passado de mãe para filho  no parto.

Qual é a incidência das hepatites virais?

As hepatites virais causam, aproximadamente, 1,4 milhões de mortes por ano no mundo. No Brasil, os tipos A, B e C são mais comuns, enquanto a hepatite D é mais predominante na região norte. Já a hepatite E é rara no país, costuma ser mais prevalente na Ásia e na África.

Existem fatores de risco para as hepatites virais?

Há algumas condições que aumentam o risco de contaminação por hepatites virais, como:

  • Local sem saneamento básico;
  • Parceiros sexuais infectados;
  • Compartilhamento de materiais (seringas, agulhas, lâminas, alicates, entre outros);
  • Filhos de mães infectadas.

Quais os sinais e sintomas das hepatites virais?

No estágio inicial, nem sempre há sinais e sintomas das hepatites virais. É muito raro no tipo C, na qual cerca de 80% das pessoas não apresentam qualquer sinal ou sintoma e desta forma a doença permanece silenciosa, sem tratamento, com mais chances de se agravar. Abaixo os sinais e sintomas que as hepatites A, B, D e E podem causar:

  • Fadiga;
  • Mal-estar;
  • Febre;
  • Dores musculares;
  • Enjoo;
  • Vômitos;
  • Dor abdominal;
  • Constipação ou diarreia;
  • Urina escura;
  • Fezes claras;
  • Pele e olhos amarelados (icterícia).

Apresentar um ou mais destes sinais e sintomas não significa, necessariamente, que a pessoa tem uma das hepatites virais, mas um atendimento médico deve ser procurado para investigar a causa e indicar o tratamento mais adequado ao caso.

Como é feito o diagnóstico das hepatites virais?

As hepatites virais são diagnosticadas por meio de exame de sangue. A partir do resultado positivo, outros testes laboratoriais podem ser necessários para verificar se é uma infecção aguda, crônica ou antiga. Em casos raros, uma biópsia do fígado pode ser necessária para avaliar o comprometimento do órgão.

Quais são os tratamentos para as hepatites virais?

O tratamento é feito com medicamentos antivirais na maioria dos casos, além de medidas comportamentais como não consumir bebida alcoólica, evitar o sedentarismo e o ganho de peso, controlar o níveis  sanguíneos  de açúcar. Seguem algumas recomendações para tratar cada tipo de hepatite viral:

Hepatites A e E – não há um tratamento específico. É importante evitar a automedicação, pois pode piorar o estado do fígado. O médico indicará o medicamento adequado para compensar a eventual perda de fluidos por vômito ou diarreia e a melhora do mal estar.

Hepatites B e D – existem medicações para conter a replicação viral e estabilizar ou melhorar histologicamente o fígado. O objetivo do tratamento é impedir a progressão da doença e complicações, como cirrose e câncer de fígado.

Hepatite C – apresenta 95% de chance de cura com uso de antivirais de ação direta, ou seja, é possível eliminar a infecção completamente.

Como prevenir as hepatites virais?

A melhor forma de prevenir as hepatites virais é a vacinação, que deve ser feita ainda na primeira infância:

  • Hepatite A – uma dose aos 15 meses de idade;
  • Hepatite B – quatro doses, ao nascer, aos dois, quatro e seis meses de idade. A vacina contra a hepatite B também previne o tipo D.

Atenção! Toda mulher grávida deve fazer exames durante o pré-natal para detectar as hepatites B e C.

Além da vacinação, é importante adotar os seguintes hábitos para prevenir as hepatites virais:

  • Lavar as mãos, principalmente depois de ir ao banheiro, trocar fraldas e antes de cozinhar;
  • Lavar com água potável os alimentos que são consumidos crus, deixando de molho por 30 minutos;
  • Cozinhar bem os alimentos antes de consumir, principalmente frutos do mar e carnes suínas;
  • Lavar adequadamente pratos, copos, talheres e mamadeiras;
  • Não tomar banho ou brincar perto de valões, riachos, chafarizes, enchentes ou próximo de onde haja esgoto;
  • Evitar a construção de fossas próximas a poços e nascentes de rios;
  • Usar preservativos e higienizar as mãos, órgão genitais, períneo e região anal antes e após as relações sexuais;
  • Não compartilhar objetos, como agulhas, lâminas de barbear e material de manicure e pedicure.

Somente o médico pode diagnosticar um problema de saúde e indicar o melhor tratamento para cada caso. Nunca tome medicamentos por conta própria, mesmo que tenham sido recomendados por alguém com problema que você ache parecido com o seu. Eles podem disfarçar os sinais e sintomas dificultando o diagnóstico e até agravar o problema de saúde e criar novos.

Conteúdo produzido com a colaboração do Dr.Tércio Genzini,  cirurgião gástrico e membro da equipe de transplantes do Grupo Leforte.

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Este conteúdo é meramente informativo e educativo, sendo destinado para o público em geral. Ele não substitui a consulta e o aconselhamento com o médico e não deve ser utilizado para autodiagnóstico ou automedicação. Se você tiver algum problema de saúde ou dúvidas a respeito, consulte um médico. Somente ele está habilitado fazer o diagnóstico, a prescrever o tratamento mais adequado para cada caso e acompanhar a evolução do quadro de saúde do paciente.

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