Hospital Leforte promove encontro entre médicos, pacientes e familiares
Com a experiência de ser a instituição que mais realizou transplantes de pâncreas, de acordo com dados de 2017 da Associação Brasileira de Transplantes de Órgãos (ABTO), a equipe do Hospital Leforte reunirá médicos, enfermeiros, pacientes e familiares no próximo dia 27 de maio (domingo) para debater os desafios relacionados ao tema. O objetivo é ampliar o conhecimento da sociedade a respeito dos benefícios que esses procedimentos podem trazer à vida de milhares de pessoas, se realizados no momento correto e com a indicação adequada.
Atualmente, 511 pessoas aguardam na fila de transplante de pâncreas-rim em todo o Brasil e outros 31 pacientes esperam na fila de transplantes só de pâncreas. Os problemas de saúde enfrentados por esses indivíduos devem-se à ocorrência de diabetes tipo 1, que atinge 10% do total de diabéticos no país, conforme dados da Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD).
“O número de transplantados no Brasil poderia ser bem maior e proporcionaria mais qualidade de vida a milhares de pacientes, se os próprios profissionais de saúde tivessem mais informação sobre a indicação do procedimento para tratar o diabetes tipo 1 em sua forma mais grave”, destaca o Dr. Marcelo Perosa, coordenador do Programa de Transplantes de Pâncreas, Fígado e Rim do Hospital Leforte e diretor do Grupo Hepato.
Normalmente, o diabetes tipo 1 surge na fase da infância ou adolescência, por insuficiência do pâncreas em produzir a insulina. Os pacientes começam a ter complicações secundárias nos rins, nervos e visão após 15 ou 20 anos da descoberta doença. Nesse momento, de acordo com o Dr. Perosa, pode haver indicação para o transplante, que vai depender do estado de cada paciente. “O transplante de pâncreas, nestes casos mais graves de diabetes tipo 1, representa o melhor tratamento, eliminando a necessidade de insulina, restabelecendo dieta livre e sem restrições e pode ainda evitar, estabilizar ou reverter lesões secundárias em curso”, ressalta.
O especialista do Hospital Leforte afirma que, no caso de diabéticos tipo 1 com quadro de insuficiência renal crônica grave, em fase de pré-diálise ou diálise, é possível contar com o transplante simultâneo de pâncreas e rim; o pâncreas elimina a necessidade de diálise e o rim, a necessidade de hemodiálise, melhorando em muito a qualidade de vida destes pacientes. Diabéticos tipo 1 já transplantados renais , por sua vez, são indicados para o transplante de pâncreas após rim; já os diabéticos tipo 1 hiperlábeis, principalmente com quadro de hipoglicemias sem sintomas e perda frequente de consciência, ainda com função renal preservada, podem ser candidatos ao transplante de pâncreas isolado.
Debate aberto junto à sociedade
Para enfrentar o quadro de desinformação em torno do assunto, o XXIII Encontro de Pacientes Transplantados e Candidatos a Transplante de Pâncreas e Rim, terá como tema “Do Processo de Inscrição ao Transplante de Rim e de Pâncreas”. O evento é realizado pela Associação para Pesquisa e Assistência em Transplante (APAT) e pelo grupo Hepato, com a organização do Hospital Leforte.
Estarão reunidos médicos, psicólogos, enfermeiros e outros profissionais de saúde, além de pacientes, doadores e familiares, que irão expor as suas experiências diante da questão. A programação inclui desde aspectos clínicos e cirúrgicos, avaliação e seleção de candidatos a transplante, até depoimentos em que os participantes falarão
“Precisamos mudar esse cenário de desinformação, estimular a doação e permitir que os pacientes tenham uma qualidade de vida melhor. A estrutura e a experiência para esse tipo de procedimento já existe e precisa ser mais bem aproveitada”, conclui Dr. Perosa.
Serviço:
Evento: XXIII Encontro de Pacientes Transplantados e Candidatos a Transplante de Pâncreas e Rim – Do Processo de Inscrição ao Transplante de Rim e de Pâncreas
Local : Hospital Leforte – Unidade Liberdade
Endereço – Rua Barão de Iguape, 209/ Auditório Bloco A
Programação: http://www.leforte.com.br/encontro-transplante-pancreas-rim/