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Câncer de pulmão é um dos tumores malignos mais comuns

Veja, no site do Leforte, quais os sintomas, causas e formas de tratamento do câncer de pulmão, um dos mais recorrentes na população.
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Equipe Leforte - Equipe Leforte Atualizado em 01/09/2022

O câncer de pulmão é o terceiro mais comum em homens e o quarto em mulheres no Brasil, com mais de 30 mil novos casos anuais. No mundo, é o primeiro em incidência entre os homens e o terceiro entre as mulheres, com 2,12 milhões de novos casos. Apesar de ser comum e causar muitas mortes, é uma doença evitável, pois frequentemente está associada ao tabagismo. Geralmente, os sintomas aparecem apenas quando a doença já está avançada. Por isso, o oncologista Ângelo Bezerra de Souza Fêde recomenda que indivíduos fumantes discutam com um pneumologista sobre a realização de exames de rastreamento, que permitem a detecção da doença em fase inicial, quando é mais fácil de ser tratada.

frequentemente associada ao tabagismo

O que é câncer de pulmão e quais são seus tipos?

O câncer de pulmão é um tumor que se forma nos tecidos do pulmão, geralmente nas células que revestem as passagens aéreas. Ele tem a capacidade de se disseminar para outras regiões do corpo, isso é, formar metástases. Existem dois tipos principais, classificados de acordo com a aparência das células afetadas, que crescem de maneiras diferentes e cujos tratamentos também são diferentes:

  • Câncer de pulmão de células não-pequenas: é o tipo mais comum (cerca de 80% dos casos) e possui três subtipos: adenocarcinoma, carcinoma de células escamosas e carcinoma de células grandes;
  • Câncer de células pequenas: corresponde a cerca de 15% dos casos e quase sempre está associado ao uso de tabaco. Pode evoluir de forma acelerada e geralmente é mais agressivo.

Quais são os fatores de risco do câncer de pulmão?

O tabagismo e a exposição passiva ao tabaco são os principais fatores de risco para o desenvolvimento do câncer de pulmão. Quanto maior o consumo de tabaco, maior a chance de desenvolver a doença. Parar de fumar em qualquer idade pode reduzir significativamente esse risco.

  • Comparados aos não fumantes, os tabagistas têm cerca de 20 a 30 vezes mais probabilidade de desenvolver a doença. Para o tabagista passivo, o risco é de, pelo menos, três vezes mais que o de uma pessoa não exposta à fumaça do cigarro.

Outros fatores que favorecem o desenvolvimento do câncer de pulmão incluem:

  • Idade avançada (a maior parte dos casos afeta pessoas entre 50 e 70 anos);
  • História familiar de câncer de pulmão;
  • Exposição contínua à poluição do ar;
  • Infecções pulmonares de repetição;
  • Doença pulmonar obstrutiva crônica, que inclui enfisema pulmonar e bronquite crônica;
  • Exposição à radiação, através, por exemplo, de radioterapia prévia, exposição ao gás radônio e certos exames de imagem;
  • Exposição ocupacional a agentes cancerígenos, como amianto, arsênico, cromo, níquel e fuligem.

Quais são os sinais e sintomas do câncer de pulmão?

O Dr. Ângelo Fêde alerta que o câncer de pulmão é, às vezes, uma doença silenciosa, mas muitos sintomas podem sugerir que algo pode estar errado. “Falta de ar, tosse com sangue e sintomas respiratórios de forma prolongada podem ser indícios de tumores de pulmão”. Ele orienta que indivíduos tabagistas tenham atenção redobrada aos sinais de alerta e, no surgimento de qualquer um deles, procurem prontamente a ajuda de um médico.

Como é feito o diagnóstico do câncer de pulmão?

O Dr. Ângelo explica que, na suspeita de câncer de pulmão, a realização de exames de imagem e biópsias, entre outros testes, ajudam a confirmar ou descartar o diagnóstico. Entenda mais sobre eles:

  • Exames de imagem – raio-X de tórax complementado por tomografia computadorizada são os exames iniciais para investigar uma suspeita de câncer de pulmão;
  • Biópsia – é a coleta de uma amostra de células nas regiões suspeitas para posterior análise em laboratório. O procedimento é necessário para confirmar o diagnóstico, uma vez que imagens suspeitas podem indicar algo benigno.

Se o diagnóstico de câncer de pulmão for confirmado, o médico solicitará outros exames para determinar o estágio de evolução da doença. Ou seja, verificar se ela está restrita ao pulmão ou disseminada para outros órgãos, o que influenciará na escolha do tratamento.

Como pode ser o tratamento para câncer de pulmão em função dos diferentes estágios da doença?

O Dr. Ângelo Fêde explica como o tratamento para câncer de pulmão varia em função dos diferentes estágios da doença. “O tratamento da doença na sua forma inicial baseia-se na cirurgia associada a quimioterapia em alguns casos. Nos casos da doença avançada, o tratamento pode combinar quimioterapia, imunoterapia e radioterapia, a depender das lesões identificadas”, diz o oncologista. Entenda mais sobre cada uma dessas modalidades de tratamento:

Cirurgia – a cirurgia para tratamento do câncer de pulmão pode ser:

  • Segmentectomia – quando se retira uma parte do pulmão (somente o segmento ou parte do segmento que envolve o tumor), junto com uma margem de tecido saudável;
  • Lobectomia – retira-se todo o lobo pulmonar (grupo de segmentos), onde o tumor está situado;
  • Pneumectomia – é a retirada de um pulmão inteiro. Suas indicações são limitadas e restritas.

Quimioterapia – medicamentos que visam destruir as células cancerígenas, reduzir o crescimento do tumor ou amenizar os sintomas da doença. Pode apresentar efeitos colaterais indesejáveis, não sendo tolerada por todos os pacientes.

Radioterapia – utiliza radiação para destruir as células cancerígenas. Em alguns casos, é usada para ajudar a aliviar os sintomas da doença, como a dor. Também pode ocasionar uma série de efeitos colaterais.

Imunoterapia – o sistema imunológico, que combate doenças no organismo, pode não atacar o câncer porque as células cancerígenas produzem proteínas que as ajudam a se esconder das células do sistema imunológico. A imunoterapia atua interferindo nesse processo.

Existe algo que possa ajudar a prevenir o câncer de pulmão?

Quando se trata de diminuir as chances de desenvolver câncer de pulmão, algumas atitudes são importantes. Segundo o Dr. Ângelo, “a adoção de medidas de saúde geral, como a prática de atividades físicas, dieta balanceada e evitar hábitos como o tabagismo é fundamental para evitar a doença”.

Além disso, adultos que fumam ou fumaram por muitos anos devem discutir com o médico se é adequado realizar periodicamente tomografias para o rastreamento da doença. “O mais importante é valorizar a relação médico-paciente de modo a detectar a doença na sua forma mais precoce e, assim, aumentar as chances de cura”, conclui o oncologista.

Dr. Ângelo Bezerra de Souza Fêde é especialista em oncologia clínica pelo Instituto do Câncer do Estado de São Paulo (ICESP) / Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP). Atualmente, é Membro Titular da Oncologia DASA – Leforte e atende pacientes na Clínica e Diagnósticos Leforte Liberdade e na Clínica e Diagnósticos Leforte Morumbi.

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Este conteúdo é meramente informativo e educativo, sendo destinado para o público em geral. Ele não substitui a consulta e o aconselhamento com o médico e não deve ser utilizado para autodiagnóstico ou automedicação. Se você tiver algum problema de saúde ou dúvidas a respeito, consulte um médico. Somente ele está habilitado fazer o diagnóstico, a prescrever o tratamento mais adequado para cada caso e acompanhar a evolução do quadro de saúde do paciente.

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