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Automedicação: quais os prejuízos para a saúde?

Conheça o blog do Hospital Leforte: conselhos sobre nutrição, saúde mental, sintomas e prevenção de doenças, elaborado por médicos e especialistas da área da saúde.
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Equipe Leforte - Equipe Leforte Atualizado em 30/01/2020

Quem nunca tomou algum analgésico para dor de cabeça por que ouviu alguém dizer que é bom? Na casa de muitas pessoas, ou no trabalho, provavelmente esse remédio fica guardado num espacinho do armário com outros comprimidos. E há quem sempre carregue uma cartela na bolsa.

Segundo pesquisa divulgada pelo o Conselho Federal de Farmácia (CFF) ano passado, 77% dos brasileiros têm o hábito de se automedicar, sendo que 25% afirmou tomar algum tipo de remédio por contra própria pelo menos uma vez na semana. E o que pode ser ainda mais grave, segundo o estudo: as recomendações de uso costumam vir de familiares, amigos e vizinhos.

De acordo com Heron Rached, coordenador do Centro de Cardiologia do Leforte, a automedicação oferece vários riscos, entre eles o de adiar o diagnóstico de uma doença, causar alergias e até dependência. “Tomar analgésicos e antitérmicos para combater a dor e a febre, podem camuflar outros sintomas ou ainda a gravidade de uma doença como, por exemplo, uma apendicite. Por isso, há sempre a necessidade da avaliação de um profissional para descartar a causa que está gerando esses sintomas”, alerta.

O cardiologista ressalta que a regulamentação da venda de antibióticos foi uma importante barreira para a automedicação no Brasil, mas chama atenção para o aumento do consumo inadequado de anti-inflamatórios e analgésicos. “O uso prolongado desses fármacos traz riscos para a saúde, que apesar de terem efeito imediato, a utilização a longo prazo pode ocasionar hipertensão e até insuficiência renal”, reforça.

77% dos brasileiros têm o hábito de se automedicar. As recomendações costumam vir de familiares, amigos e vizinhos.

Conscientização e novas tecnologias

“Embora os números sejam impactantes, o Brasil deve seguir o modelo de países como Suécia e Canadá, que contam com o agente de saúde em um papel importante de orientação. Embora esse profissional não prescreva medicamentos, ele esclarece dúvidas sobre posologias, combinações entre remédios, horários, contraindicações e reações adversas”, comenta o especialista.

O cardiologista também acredita que investir em programas de orientação, na promoção de debates, informação à população e novas tecnologias mudarão o comportamento dos pacientes. “Nos próximos anos, a telemedicina ajudará a diminuir os casos de automedicação, já que a população terá ainda mais acesso a um atendimento médico de qualidade”, explica.

Outro fator importante é o acompanhamento médico preventivo, com consultas e exames periódicos. “A facilidade de atendimento através dos canais como WhatsApp e o site, permitem que os pacientes mantenham uma rotina e retornem como mais frequência as consultas”, finaliza.

Analgésico está na lista dos remédios mais vendidos

Outra pesquisa publicada em dezembro de 2019, pela Associação da Indústria Farmacêutica de Pesquisa (Interfarma) apresenta um o ranking dos medicamentos com vendas mais expressivas no Brasil (em valores). As fórmulas para aliviar a dor aparecem com destaque – dos dez produtos listados, três possuem efeito analgésico e os demais estão relacionados aos tratamentos de diabetes, obesidade e problemas cardiovasculares.

Este conteúdo é meramente informativo e educativo, sendo destinado para o público em geral. Ele não substitui a consulta e o aconselhamento com o médico e não deve ser utilizado para autodiagnóstico ou automedicação. Se você tiver algum problema de saúde ou dúvidas a respeito, consulte um médico. Somente ele está habilitado fazer o diagnóstico, a prescrever o tratamento mais adequado para cada caso e acompanhar a evolução do quadro de saúde do paciente.

Escrito por
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