Oncologia

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Adenocarcinoma: Guia Completo sobre Sintomas, Tipos e Tratamento

Adenocarcinoma é um tipo comum de câncer em células glandulares que pode afetar diversos órgãos. Conheça os sintomas, tipos, diagnóstico e opções de tratamento para lidar com a doença.
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Equipe Leforte - Equipe Leforte Atualizado em 01/12/2025

Entenda o que é este tipo de tumor maligno, como identificar os sinais de alerta e quais são as abordagens terapêuticas atuais.

Resumo:

  • O adenocarcinoma é um tipo de câncer que se origina nas células das glândulas, responsáveis por produzir e secretar substâncias no corpo.

  • Ele pode se desenvolver em diversos órgãos, como pulmão, cólon, mama, próstata e estômago, com sintomas que variam conforme a localização.

  • Sinais gerais como perda de peso inexplicada e cansaço extremo podem estar presentes, mas sintomas específicos são mais comuns.

  • O diagnóstico definitivo é feito por meio de biópsia, que analisa uma amostra do tecido suspeito.

  • O tratamento é personalizado e pode envolver cirurgia, quimioterapia, radioterapia, terapia-alvo e imunoterapia.

Uma tosse persistente que não melhora, uma alteração no hábito intestinal que se torna rotina ou um cansaço que parece não ter fim. Muitas vezes, sinais como esses são atribuídos ao estresse do dia a dia, mas podem indicar a necessidade de uma investigação mais aprofundada. Quando um diagnóstico de adenocarcinoma é mencionado, muitas dúvidas e preocupações surgem.

Entender o que é essa condição, como ela se manifesta e quais são os caminhos possíveis para o tratamento é o primeiro passo para lidar com a situação de forma informada e segura. Este guia foi preparado para esclarecer os principais pontos sobre o adenocarcinoma, desde sua definição até as abordagens terapêuticas mais modernas.

O que é adenocarcinoma?

Adenocarcinoma é um tipo de câncer, ou seja, um tumor maligno, que tem origem nas células glandulares. Essas células estão presentes no revestimento de diversos órgãos e têm a função de secretar substâncias como muco, sucos digestivos ou hormônios.

Quando essas células sofrem mutações e começam a se multiplicar de forma descontrolada, elas formam um tumor. Por existirem glândulas em praticamente todo o corpo, o adenocarcinoma pode se desenvolver em múltiplas localidades, sendo um dos tipos de câncer mais comuns. É, de fato, o tipo de câncer mais frequente em órgãos como estômago, cólon, pulmão e mama.

Qual a diferença entre adenocarcinoma e carcinoma?

É uma dúvida comum. "Carcinoma" é um termo mais amplo que se refere a qualquer câncer que começa nas células epiteliais, que são as células que revestem as superfícies internas e externas do corpo. O adenocarcinoma é um subtipo específico de carcinoma que se desenvolve nas células epiteliais com função glandular.

Quais são os principais sintomas do adenocarcinoma?

Os sintomas variam drasticamente dependendo do órgão afetado. No entanto, alguns sinais sistêmicos, que afetam o corpo como um todo, podem servir de alerta para uma avaliação médica detalhada.

Sinais gerais de alerta

Independentemente da localização do tumor, alguns sintomas gerais podem se manifestar e merecem atenção. Entre eles, destacam-se:

  • perda de peso não intencional e significativa;

  • cansaço extremo (fadiga) que não melhora com o repouso;

  • febre persistente sem causa aparente;

  • perda de apetite.

Sintomas específicos por localização

O adenocarcinoma de pâncreas, por exemplo, é a forma mais comum e letal de câncer que atinge esse órgão. No caso do colo do útero, o adenocarcinoma, esteja ele associado ao Papilomavírus Humano (HPV) ou não, tem seu prognóstico e resposta ao tratamento influenciados diretamente pelo seu tipo.

Para os adenocarcinomas cervicais associados ao HPV, a classificação de Silva é crucial para guiar o tratamento. Tumores classificados como "Padrão A" podem ser tratados de maneira mais conservadora, enquanto os de "Padrão C" geralmente demandam cirurgias mais amplas e uma avaliação cuidadosa dos linfonodos devido ao maior risco de disseminação.

No adenocarcinoma de pulmão, a presença elevada das proteínas ATF1 e ZNF143 está associada à progressão da doença e a um prognóstico menos favorável. Essas descobertas são importantes, pois sugerem potenciais novos alvos para o desenvolvimento de tratamentos mais eficazes.

Como o diagnóstico de adenocarcinoma é realizado?

O processo de diagnóstico geralmente segue uma sequência de etapas para confirmar a presença do tumor, identificar seu tipo e determinar sua extensão. O caminho começa com a consulta médica, onde o profissional avalia os sintomas e o histórico de saúde do paciente.

A partir da suspeita clínica, são solicitados exames de imagem, como tomografia computadorizada, ressonância magnética ou endoscopia, para visualizar a área afetada. Contudo, a confirmação definitiva só ocorre com a biópsia. Neste procedimento, uma pequena amostra do tecido suspeito é retirada e enviada para análise em laboratório, onde um patologista confirma se as células são cancerígenas e de qual tipo. A análise de biópsias e de linfonodos próximos é fundamental para definir a melhor estratégia de tratamento.

Quais são as opções de tratamento para o adenocarcinoma?

O tratamento do adenocarcinoma é altamente individualizado. A escolha da abordagem depende de fatores como a localização do tumor, o estágio da doença (se está restrito ao órgão de origem ou se espalhou), as características moleculares do tumor e o estado geral de saúde do paciente. Frequentemente, uma combinação de terapias é utilizada.

Cirurgia

A remoção cirúrgica do tumor é a base do tratamento para muitos adenocarcinomas em estágio inicial. O objetivo é retirar todo o tecido maligno, muitas vezes com uma margem de segurança de tecido saudável ao redor.

Quimioterapia

Utiliza medicamentos para destruir as células cancerígenas ou impedir sua multiplicação. A quimioterapia pode ser administrada antes da cirurgia para reduzir o tamanho do tumor, após a cirurgia para eliminar células remanescentes ou como tratamento principal para doenças mais avançadas.

Radioterapia

Emprega radiação de alta energia para destruir as células cancerígenas e reduzir tumores. Assim como a quimioterapia, pode ser usada em diferentes momentos do tratamento, de forma isolada ou combinada com outras terapias.

Terapia-alvo e imunoterapia

São abordagens mais modernas e direcionadas. A terapia-alvo utiliza medicamentos que atacam vulnerabilidades específicas das células cancerígenas, com base em suas características genéticas. Já a imunoterapia estimula o próprio sistema imunológico do paciente a reconhecer e combater o câncer. Essas pesquisas são especialmente importantes em cânceres mais agressivos, como o adenocarcinoma de pâncreas, onde a busca por novos alvos terapêuticos é um foco central para tratamentos mais eficazes.

Adenocarcinoma tem cura?

Sim, o adenocarcinoma pode ser curável, especialmente quando diagnosticado em estágios iniciais. O prognóstico depende diretamente do estágio da doença no momento do diagnóstico, da localização do tumor e da resposta individual ao tratamento.

O diagnóstico precoce aumenta significativamente as chances de sucesso terapêutico. Por isso, é essencial estar atento aos sinais do corpo e realizar exames de rotina conforme a orientação médica, principalmente para pessoas com histórico familiar ou outros fatores de risco.

É possível prevenir o adenocarcinoma?

Embora nem todos os casos possam ser prevenidos, a adoção de um estilo de vida saudável pode reduzir o risco de desenvolvimento de vários tipos de adenocarcinoma. Algumas medidas importantes incluem:

  • não fumar e evitar o tabagismo passivo;

  • limitar o consumo de bebidas alcoólicas;

  • manter uma dieta equilibrada, rica em frutas, vegetais e fibras;

  • praticar atividade física regularmente;

  • manter um peso corporal saudável;

  • realizar exames preventivos, como a colonoscopia e a mamografia, conforme as diretrizes médicas para sua idade e gênero.

Lidar com um diagnóstico de câncer é um desafio, mas a informação é uma ferramenta poderosa. Conhecer os sintomas e procurar ajuda médica ao primeiro sinal de alerta faz toda a diferença.

Este conteúdo tem caráter informativo e não substitui avaliação médica. Em caso de dúvidas, procure um especialista habilitado.

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